Entenda os tumores da hipófise e os tratamentos mais indicados

Os tumores na hipófise podem ser muito prejudiciais à saúde, causando dores de cabeça, perda de visão e de peso, além de mudanças de comportamento, entre outros sintomas. Mas, se você está procurando ajuda médica para estes problemas, fique tranquilo que você está no lugar certo. 

Este conteúdo irá ajudá-lo a entender melhor o que é a hipófise, como surgem os tumores da hipófise e os tipos existentes. E o principal: quais os tratamentos neurocirúrgicos mais indicados e como eles podem sanar uma série de problemas que comprometem a sua saúde e o bem-estar dos pacientes.

O que é a hipófise e qual a sua função no nosso corpo

A hipófise, ou glândula pituitária, está localizada na base do cérebro e é considerada a principal glândula do corpo humano. Ela tem como função regular o trabalho de outras glândulas, como é o caso da adrenal, a tireóide, os testículos e os ovários. 

A hipófise produz um hormônio chamado prolactina, que é bastante importante para a amamentação. Também produz o GH, hormônio do crescimento, que secreta o hormônio antidiurético e a ocitocina, produzidos no hipotálamo (localizado bem acima da hipófise, no cérebro). 

O hormônio antidiurético participa, portanto, do controle da quantidade de água no organismo, enquanto a ocitocina auxilia no trabalho de parto.

O que são os tumores da hipófise?

O tumor é o aumento desordenado de células da hipófise, que determina o crescimento irregular da glândula. Ele pode ser secretor ou não secretor, isso significa que a hipófise pode ou não produzir vários hormônios. “Até hoje, são desconhecidos os motivos que levam a isso. Portanto, também não existe prevenção para os tumores de hipófise, podendo haver, segundo os neurocirurgiões da Tracto Neuro, predisposição genética. 

“Apesar da grande possibilidade de uma pessoa desenvolver o tumor da hipófise em qualquer momento da vida, a maioria dessas lesões são benignas, com possibilidade de cura”, afirma o neurocirurgião da Tracto, dr. Samuel Tau Zymberg, também neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, do Hospital de São Paulo e membro do Conselho da Federação Internacional de Neuroendoscopia. 

Como é realizado o diagnóstico do tumor da hipófise?

O diagnóstico é feito por meio de exames específicos. Geralmente, o paciente apresenta os sintomas e então são solicitados os exames de dosagem hormonal e a ressonância magnética da hipófise. 

“Normalmente, o tumor é detectado quando o paciente realiza uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada do crânio por outro motivo”, explica Zymberg, especialista da Tracto.

A maioria dos tumores da hipófise é, no entanto, benigno e tem tratamento. 

Conheça os tipos de tumores da hipófise mais comuns

  • Adenomas

Os tipos mais frequentes de tumores da hipófise são os adenomas, que são os tumores benignos. Quando liberam hormônios em excesso, são chamados adenomas funcionantes, ou secretores. Por outro lado, quando não produzem hormônios, são chamados adenomas não funcionantes, ou não secretores.

  • Craniofaringioma

Outro tipo de tumor que pode ocorrer na região da hipófise ou próximo a ela, é o craniofaringioma. Trata-se de um tumor congênito presente desde o nascimento, mas que pode se desenvolver lentamente até a idade adulta. Os craniofaringiomas também são, geralmente, benignos. Porém, podem causar sintomas decorrentes do crescimento do tumor e consequente compressão de estruturas adjacentes, como é o caso da alteração da visão.

Quais são os sintomas dos tumores da hipófise 

O crescimento dos tumores na hipófise pode levar à perda de qualidade de vida do paciente. Isso porque causam dores de cabeça, perda de visão ou visão prejudicada, além da perda de peso e outras mudanças de comportamento.

De acordo com o neurocirurgião dr. Samuel Tau Zymberg, da clínica Tracto Neuro, os tumores maiores podem causar sintomas como dores de cabeça e alterações visuais, enquanto aqueles que são funcionantes, podem causar outros sintomas, relacionados ao excesso do hormônio produzido. 

“Como exemplo, se for produtor de prolactina, o tumor pode causar descarga mamilar, alteração da libido e do ciclo menstrual, enquanto se ele for produtor de hormônio do crescimento, pode causar dores articulares, crescimento dos pés e das mãos, do queixo, e causar diabetes”, indica o especialista.

Conheça os tratamentos mais indicados para os tumores da hipófise

Os tumores de hipófise podem ser tratados com medicamentos, cirurgia ou ambos. Na maioria dos casos, a neurocirurgia é indicada para os tumores grandes, quando há compressão das estruturas vizinhas.

Existem dois tipos de cirurgias indicadas para tratar os tumores da hipófise: a transesfenoidal endoscópica e a cirurgia por via transcraniana. 

  • Cirurgia transesfenoidal

A cirurgia microscópica transesfenoidal é a abordagem cirúrgica mais frequente para a retirada de tumores hipofisários, independente da idade. É realizada por endoscopia e uso de uma câmera, sendo minimamente invasiva. O acesso à hipófise é feito por meio de um pequeno corte dentro do nariz. O procedimento é feito mediante anestesia geral do paciente.

  • Cirurgia por via transcraniana

Para alguns casos, especialmente com lesões maiores, a abordagem transfrontal pode ser necessária, para descomprimir as vias visuais. Quando é feita a indicação da cirurgia convencional através do crânio, ou seja, a transcraniana. Ela também é feita sob anestesia geral do paciente e é indicada para casos de tumores maiores ou que não seja possível acessar pelas vias nasais.

Lembrando que a recomendação e a decisão sobre qual o tratamento é o mais adequado para cada caso deve ser feita à partir da análise do neurocirurgião.

Os pacientes são acompanhados por especialistas em endocrinologia e outras áreas, para garantir o melhor resultado possível.

Benefícios de ir a uma Clínica de Neurocirurgia para tratamentos 

A clínica Tracto Neuro tem uma equipe altamente especializada e experiente na realização de tratamentos neurocirúrgicos para tumores da hipófise, com técnicas minimamente invasivas, que oferecem soluções eficazes e que permitem uma recuperação mais rápida e com menos desconforto.

Na Tracto Neuro, o paciente e seus familiares recebem todas as informações necessárias por parte do neurocirurgião responsável. Além disso, há uma análise do quadro de saúde realizada por meio de uma equipe de neurocirurgiões, de forma a discutir o melhor tratamento para cada caso.

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